25 de set. de 2016

Todo mundo está por aí precisando dizer algo.

Todos estão precisando conversar um pouco.
As pessoas chegam pra mim
e perguntam alguma coisa sobre Cuba.
"Você é especialista no assunto", elas falam.
Respondo as dúvidas que trazem, e elas dizem "que interessante",
e depois contam que se interessaram por Cuba durante a faculdade.
Em seguida, pergunto o que mais marcou a época da faculdade,
e essas pessoas dizem que foi um tempo muito bom,
mas também foi uma fase complicada.
Logo após, contam que na época da faculdade, era difícil a situação financeira,
a relação com a família, com amigos, com todo mundo.
Não demora e confidenciam que esse problema não era só na época da faculdade.
Já existia antes.
E continua a existir agora.
Vou dando palpites acerca dos problemas delas
e quase sempre acerto,
não porque sou esperto,
mas porque já passei por coisas parecidas.
As conversas duram horas.
E então se despedem,
oferecendo agradecimentos pelos desabafos feitos.
Raramente voltam a conversar;
alguma espécie de constrangimento parece que fica no ar.

E fico então no aguardo
da próxima pessoa que tenha perguntas sobre Cuba,
ou sobre qualquer coisa.
 

Porque eu também preciso conversar.




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