30 de jul. de 2014

Quase vinte

Hoje encontrei aquele velho amigo. Estava feliz. De quanto tempo atrás? Muitos anos, quase vinte. Era 1998 quando nos tornamos amigos e ele, que estudava em outra turma, me esperava para sairmos da escola juntos até a parada de ônibus, como forma de proteção contra os maus elementos que costumeiramente pegavam os alunos que saíam isolados para roubar pertences e meter uns tabefes, não necessariamente nessa ordem. Depois daquela fase, fizemos várias promessas de nos manter próximos, mas promessas não são nada diante das roletas a que a vida nos leva. O cidadão estava feliz por ter acabado de entrar na universidade - primeiro período de biomedicina. Fiquei feliz também. Pensei em perguntar pela sua irmã, com quem estudei, mais por educação que por interesse. Mas decidi deixar a prosa mais autêntica, restringindo-a a nós mesmos. O papo até que durou mais do que costumam durar meus encontros espontâneos. Geralmente, quando encontro conhecidos de outrora, nunca deixo a conversa demorar mais do que um ou dois minutos. Dessa vez, foram quase vinte.

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