21 de jul. de 2022

Marco Aurélio, como outros estoicos, gostam de enfatizar a coragem como um importante atributo do indivíduo. Pessoalmente, entendo a funcionalidade de reforçar essa conduta naqueles tempos; na contemporaneidade, não tenho certeza do quão útil ela é. Digo isso porque a coragem, em tempos de sociedade acelerada e hiperconsumista, com certa frequência se confunde com inconsequência, ausência de ponderação. Como Bardamu, de Céline, prefiro pensar a coragem como secundária, e uma certa covardia como virtude. Talvez não haja nada mais estoico do que isso. É claro, lembrando que, para Bardamu, a covardia não significa ausência de ação...



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